Por que Dados Estruturados São a Base dos Agentes de IA Inteligentes

Carol Fernandes
Publicado em
6/11/2025

O novo protagonismo dos agentes de IA

Nos últimos meses, é difícil abrir o LinkedIn ou assistir a um vídeo sobre tecnologia sem ouvir falar de agentes de IA. Eles planejam tarefas, respondem e-mails, fazem análises complexas e, em alguns casos, tomam decisões por conta própria.

Mas há um detalhe essencial, e pouco comentado, que define o quão “inteligente” um agente realmente é: a forma como os dados estão estruturados.

Sim, estamos falando de dados estruturados, aquele tema que antes parecia restrito à engenharia, mas que agora voltou ao centro das discussões sobre IA. E com razão.

Quando o caos encontra a lógica: dados estruturados vs. não estruturados

Imagine um armário.

De um lado, todas as roupas estão dobradas, etiquetadas e separadas por cor.

Do outro, uma pilha desorganizada de peças que você “acha” que ainda servem.

Os dados estruturados são como o primeiro armário: organizados, limpos e prontos para uso, armazenados em tabelas, planilhas e bancos de dados.

Já os dados não estruturados representam o segundo: áudios, e-mails, PDFs, posts e imagens. Ricos em informações, mas um verdadeiro desafio para encontrar o que importa.

E o mais interessante? A inteligência artificial precisa dos dois.

  • Dados não estruturados ensinam a IA a compreender linguagem, contexto e intenção.
  • Dados estruturados, por outro lado, permitem que ela aja com precisão e segurança.

Em outras palavras: os dados não estruturados ensinam a IA a falar, os estruturados ensinam a pensar.

Agentes, GPTs e automações: qual é a diferença?

Muita gente ainda confunde esses conceitos, e com razão. No vídeo “As diferenças entre agentes de IA, GPTs e automações”, o criador Sancler Miranda resume de forma simples:

Enquanto as automações executam, os GPTs respondem. Já os agentes planejam e decidem.

Traduzindo:

  • Automações são os “robôs de tarefas”: fazem o que foi programado, sem desvio.
  • GPTs são os “especialistas em linguagem”: dominam o texto, mas não tomam iniciativa.
  • Agentes de IA são o meio-termo inteligente: entendem o objetivo e escolhem o melhor caminho para chegar lá.

Mas aqui está o ponto-chave: sem dados estruturados e contextuais, nenhum agente é realmente inteligente.

Ele pode até ter capacidade de análise, mas sem acesso aos dados certos, age às cegas, como um estagiário sem acesso às pastas corretas.

Por que os dados estruturados voltaram aos holofotes

Durante anos, a corrida era por volume: coletar o máximo de dados possível.

Hoje, com o avanço da IA, a prioridade mudou do “quanto” para o “como”.

O que realmente faz diferença agora é a qualidade, a organização e o contexto dos dados.

Como destaca um artigo da Eva Labs, os pipelines de dados precisam evoluir “do armazenamento para a interpretação”.

Ou seja, não basta acumular informações, é preciso entendê-las.

Na DP6, vivenciamos isso diariamente.

Quando os dados estão bem estruturados, conseguimos criar modelos mais rápidos, gerar insights precisos e integrar ferramentas inteligentes com facilidade.

O contrário também é verdadeiro: dados mal estruturados travam projetos, confundem análises e limitam a automação.

O que já aplicamos na prática

Na engenharia de dados da DP6, buscamos constantemente clareza, padronização e contexto.

Essa base sólida permite que dados de diferentes fontes “conversem” entre si, tornando-os úteis para inteligência artificial, automação e análise de performance digital.

Mais do que um requisito técnico, estruturar dados se tornou um diferencial competitivo.

Empresas que investem em dados bem organizados estão à frente na corrida por agentes inteligentes e automação eficiente.

Engenharia de dados: o bastidor da inteligência

Quando um projeto de IA funciona perfeitamente, o crédito normalmente vai para o modelo. 

Mas o verdadeiro herói está nos bastidores: a engenharia de dados.

É ali que o dado ganha forma, confiabilidade e significado. É onde se decide:

  • como cada campo será nomeado,
  • de onde virá a informação,
  • como ela será validada,
  • e com quais sistemas poderá interagir.

Esse processo é o que permite aos agentes de IA não apenas processar, mas compreender informações.

Ou, como gostamos de dizer na DP6: “a inteligência começa na estrutura.”

Preparando o futuro dos agentes de IA

Os agentes de IA não vieram para substituir o trabalho humano, vieram para ampliá-lo.

Mas, para que isso aconteça, eles precisam entender o ambiente em que operam.

E esse entendimento só existe quando os dados são claros, conectados e acessíveis.

Na DP6, acreditamos que o próximo salto da IA será tão poderoso quanto a base que o sustenta. E essa base é feita de dados estruturados, processos sólidos e engenharia inteligente.

Fale com nossos especialistas e descubra como transformar dados em decisões mais inteligentes.

Referências