Série Relatórios do GA - 2.: Relatórios Real Time e Personalizados
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Dando continuidade à série sobre relatórios do GA, hoje com o segundo episódio, sobre relatórios real- time e personalizados.
Na primeira parte desta série tratamos sobre relatórios nativos e como eles podem ajudar a termos respostas rápidas e objetivas às nossas necessidades, agora falaremos sobre os relatórios personalizados, como criá-los, quais suas vantagens e suas limitações. E os relatórios real-time, o tipo de dados que eles apresentam e quais as divergências que podem ocorrer.
Relatórios personalizados
O Google trouxe a última versão do GA com a proposta de ser muito mais customizável e adaptável às necessidades de cada usuário.
Uma das principais formas de customização que ele apresenta são as personalizações de relatório, que permitem a criação de relatórios fixos na ferramenta com visualizações e filtros específicos para as suas necessidades de negócio.
Os relatórios personalizados são relatórios que podem ser criados do zero pelo administrador da conta do GA e publicados para a utilização geral da organização. Eles podem ser feitos de acordo com as visualizações e filtros desejados pelo usuário e seguem os mesmos padrões de tratamento de dados dos relatórios nativos.
Sendo assim, eles possuem as seguintes características:
Consomem dados de tabelas agregadas
Assim como os relatórios nativos, os relatórios personalizados usam dados agregados que são processados pela inteligência da ferramenta, isso significa que os dados apresentados nos relatórios não provêm de bases brutas, como no caso de dados exportados para o BigQuery por exemplo, mas sim de informações já tratadas e prontas para a análise.
Não possuem restrição de retenção de dados
Para os relatórios personalizados, assim como para os nativos, a partir do momento que a conexão entre a ferramenta e o site é feita, todos os dados ficam disponíveis por período indeterminado para análise e comparação de períodos sem sofrerem perdas por conta de limitações das configurações de retenção de dados associados aos cookies.
Possuem limitações nas métricas e dimensões disponíveis
Embora sejam personalizáveis, esses relatórios foram criados para serem construídos com base na coleta básica padrão sugerida pelo Google. Isso significa que dimensões e métricas provenientes de eventos customizados podem não estar disponíveis, permitindo a combinação apenas daquilo que já é o padrão esperado pelo GA.
São customizáveis
Eles são criados na biblioteca do GA, de acordo com a demanda, sendo possível a criação de filtros específicos de métricas ou dimensões para a análise dos dados, criação de segmentos com base em características dos usuários para comparação entre si e também escolhas das melhores visualizações específicas dentro dos relatórios, além de poderem ser criados e editados por qualquer usuário que tenha acesso de admin na ferramenta.
Dentro da biblioteca é possível não só criar novos relatórios como excluir relatórios nativos que não façam sentido para a sua organização, organizar coleções e tópicos, sendo estes personalizados ou não, as limitações são:
- Cada propriedade pode ter até 7 coleções;
- Cada coleção pode ter até 5 tópicos;
- Cada tópico pode ter até 10 relatórios;
- 1 relatório de overview;
- 9 relatórios de detalhamento.
Os relatórios personalizados não costumam ser muito utilizados pela maioria dos usuários pela facilidade de se obter informações e respostas parecidas com o relatório explorer (aprofundaremos mais sobre ele no próximo artigo da série).
Entretanto, a vantagem dos relatórios personalizados nesse caso está no fato de que eles consomem os mesmos dados dos relatórios nativos, podem ser salvos no menu lateral assim como os outros relatórios, sendo de fácil utilização. E não sofrem de problemas que os relatórios explorer sofrem, tendem a ter menos problemas com amostragem por exemplo, que só vai ocorrer caso o volume de dados seja muito grande. Sendo assim, caso ainda não conheça, vale a pena explorar algumas de suas possibilidades.
Relatórios Real-time
Os relatórios de tempo real (Real-Time) são ideais para acompanhar o comportamento dos usuários no seu site ou app em tempo real.
Eles mostram o tráfego, as páginas mais acessadas, o impacto de campanhas e até possíveis problemas técnicos.

Os dados mostrados nos relatórios real-time do GA tem um recorte de até 30 minutos, porém, por conta do curto espaço de tempo, não recebem os mesmos tratamentos realizados nos dados já agregados.
Suas principais características são:
Processamento Limitado
O processamento de informações do usuário nem sempre é feito dentro da janela de 30 minutos fornecida pelos relatórios real time, por isso, novos usuários ou usuários não processados não são incluídos na contagem de usuários ativos.
A métrica em questão vai mostrar apenas o volume de usuários que estão no site e seus dados já passaram pela etapa de processamento, ou seja, usuários recorrentes.
Origem do Usuário limitada
Assim como em relação ao volume de usuários, a atribuição deles também depende do processamento das informações, sendo assim a origem do usuário mostrada no relatório vai ser limitada àqueles usuários já processados pela plataforma.
Atraso de envio de dados para Aplicativos
Quando se trata de visualização de dados de aplicativo, pela própria configuração do envio dos dados, que é feito de maneira agrupada, para maior duração da bateria do dispositivo, a chegada das informações pode sofrer um delay de alguns minutos, sendo assim, a visão não será imediatamente real-time, tendo uma janela entre o envio e a visualização das informações.
O relatório real-time também pode ser uma alternativa para a utilização do debugview, fornecendo uma visualização mais amigável e necessitando de menos conhecimento técnico de dev para a utilização. Ele pode ser utilizado por qualquer pessoa que tem acesso à propriedade do GA para realizar validações de disparos de eventos na jornada do usuário, entretanto existem algumas diferenças entre as plataformas.

A principal utilidade do relatório real-time está na possibilidade de ser usado para entender o comportamento do usuário no site naquele momento, entender bugs e possíveis otimizações, seja de páginas, de features ou de campanhas.
O acompanhamento desse relatório deve ser pontual e para necessidades imediatas, ele não deve ser usado para relatoria, uma vez que os dados não estão processados, é possível que haja uma divergência considerável entre as informações dos relatórios explorar e nativo após o processo de tratamento dos dados, principalmente de usuários.
O Google Analytics fornece muitas features diferentes, com formas de processamento de dados distintos e possibilidades de utilização diversas, conhecer todas elas e saber como e quando utilizá-las potencializa muito a capacidade da ferramenta em responder às necessidades de negócio e entregar inteligência de dados.
Esse é o segundo episódio dessa série de 3 episódios sobre os relatórios do GA, no próximo falaremos de relatórios Explorer e como utilizar, fique de olho no nosso blog.
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