Uma nova volta ao redor do sol e um novo plano de negócios. A cada ano, refazemos nossos orçamentos, planejamentos e apostas para as empresas e produtos que trabalhamos com a esperança de acertarmos o futuro e garantirmos melhores retornos a partir de tudo que já aprendemos. No mundo do Marketing Analytics e das disciplinas que suportam as decisões de marketing através de dados, esse momento traz sempre a oportunidade de ativar conhecimentos e aprendizados anteriores para fazer nosso investimento render mais. 

Mas, o mundo está sempre mudando, as técnicas e práticas continuam evoluindo e inundando nossos feeds com oportunidades imperdíveis e é por isso que curei e destilei um pouco aqui de futurologia guiada a partir de tudo que aprendemos com nossos parceiros e parceiras e nos projetos que trabalhamos na DP6 no último ano. Bora nessa?‍

1. Mais IA na Análise de Dados para Marketing

Sim, inteligência artificial sempre foi sobre (e sob) ciências de dados e, apesar de ter ganho popularidade pelo impacto social das suas criações textuais e visuais, tem muito a oferecer para o dia a dia de analisar, orientar e inspirar as nossas decisões. As evoluções recentes em GenAI trouxeram qualidade, precisão e possibilidades para diversas etapas, desde o briefing até a execução final.

Podemos esperar ainda mais utilidade da IA para este ano como a aplicação de LLMs para o processamento e entendimento da imensa vastidão de dados desestruturados que temos acesso hoje. Comentários, publicações, vídeos curtos, áudios, podcasts, PDFs e até aquela planilha cheia de células mescladas que circulam nas empresas. Já podemos ingerir, digerir e consumir informações de muitas fontes e muitas maneiras. 

Embora existam desafios para automatizar, reduzir vieses e imprecisões, veremos crescer o uso de soluções especializadas em Social Analytics, Conversational Analytics, Creative Analytics e outras áreas do marketing. Até mesmo para entender diferenciais competitivos da sua marca e como eles são percebidos pelos modelos de inteligência artificial, como o Share of Model.‍

2. IA Generativa + IA Preditiva

Bots e Chats inteligentes parecem assustadoramente humanos e isso chama muito a nossa atenção, mas o raciocínio matemático, quantitativo e lógico é o diferencial que impedia a adoção de ferramentas inteligentes em muitas áreas do marketing, pois envolvem decisões racionais e de negócios como a realocação de orçamentos de mídia.

Os modelos mais recentes, como o “o1” da OpenAI  ou o “QwQ” da Alibaba, são capazes de estruturar o que chamamos de “chain-of-thought”, ou, cadeias de pensamento lógicos que guiam a resolução de problemas e podem ser a chave para a integração das soluções de GenAI com os modelos mais úteis de IA preditivos do marketing como o MMM (Marketing Mix Modelling), Análises de Causalidade e Incrementalidade, Análises de Propensão e Agrupamento / Clusterização.

Já imaginou um chatbot que te ajuda a otimizar o orçamento de mídia e a segmentação do CRM? 

3. Dados sintéticos

É isso mesmo? Dados artificiais? A inteligência artificial trouxe uma nova oportunidade para o marketing  — a recriação de dados similares aos dados reais, coletados através da simulação de perfis e segmentos de cada marca, população ou base de dados.

Essa abordagem tem sido utilizada para desenvolvimento e treinamento de modelos preditivos, por exemplo, mas também em aplicações mais polêmicas, como a criação de painéis de pesquisa sintéticos.

Imagine só: Milhares de perfis virtuais de inteligência artificial que replicam perfis e pessoas reais e podem responder perguntas, preferências e até escolher produtos na sua próxima pesquisa de mercado. E, segundo os estudos, funciona! Algumas empresas afirmam que seus resultados superam 95% de precisão comparadas com amostras com pessoas reais. Interessante! Mas não esqueça que analisar e calibrar é sempre importante para não descasar da realidade.

4. Automação e Autonomia da Inteligência Artificial

Os Agentes vêm aí! Uma caixa de chat que responde a qualquer pergunta com precisão? Bom, já aprendemos que a realidade é bem mais complexa do que isso, certo? 

A inteligência artificial pode alucinar e, às vezes, não ter todas as informações e o contexto necessário. E é aí que entram duas grandes evoluções esperadas para este e os próximos anos: A primeira é o conceito de “Agentes”: soluções de IA especializadas ou dedicadas a funções específicas, mas que em conjunto formam times poderosos.

Imagina um time de Bots de Marketing, cada um atuando em suas áreas (Criação, Mídia, Estratégia, Redes Sociais). O desafio para este ano é a orquestração e a integração para que conversem, evoluam e ganhem autonomia (medo!) para ganhar escala enquanto garantem a precisão.

E, por falar em automação: Sim, modelos de inteligência artificial sejam eles preditivos ou generativos, demandam muitos dados, informações e conexões com outros modelos e “arquiteturas de pensamento”. E é aí que veremos evoluções na integração e processamento dos dados necessários para essa execução. Projetos que envolvem RAG Pipelines e Fine Tuning, por exemplo, devem crescer em 2025.

5. Privacidade, Ética e Governança em Dados e IA

Não vou chover no molhado. Todos nós sabemos da importância e do impacto das regulamentações de privacidade e gestão de dados e das implicações éticas que trazem para o marketing.

Mas o que tem de novidade nesse tema? Primeiro, do lado da coleta, processamento e colaboração de dados: O ecossistema de tecnologias para marketing (Martech) têm evoluído para tornar o nosso trabalho mais confiável nesses temas. No mundo do Digital Analytics, por exemplo, o Consent Mode do Google Analytics, recurso que gerencia e garante que as opções dos usuários serão respeitadas na coleta de dados também é a chave para uma modelagem probabilística que supre a necessidade de representatividade e precisão que a perda de sinais impacta diretamente.

Já no mundo da evolução dos canais de mídia, como a mídia de varejo (Retail Media), a tendência é a ampliação da adoção de solução de Data Clean Rooms (DCRs) para a colaboração, análise e ativação de dados de clientes com respeito à privacidade e segurança das informações. Por último, mas não menos importante, para um uso mais responsável e ético da IA na geração de conteúdo, vemos o crescimento de soluções que endereçam problemas sociais gerados a partir dos vieses que os modelos de IA carregam. As marcas não podem correr esse risco nas suas ações, então, já imaginou a inteligência artificial conseguir perceber preconceitos e problemas estruturais e mudar sua resposta? Um dos exemplos é a solução Bias Breaker do The Brandtech Group, que este ano foi integrada à plataforma de GenAI para criatividade Pencil.

Muita inovação e muitas palavrinhas novas, não é? Mas, 2025 deve ser um ano de implementação, ou seja, de pôr em prática essas evoluções em Dados, Análises e Inteligência para Marketing. Empresas pioneiras já experimentaram e testaram esses conceitos; agora, o desafio é integrar essas soluções às  suas estruturas para ver o impacto real no P&L. 

Para quem ainda não pilotou algumas dessas tendências, a oportunidade está em aproveitar o conhecimento gerado a partir da experiência de outras empresas e acelerar ainda mais rápido.

Para navegar nesse cenário de constantes inovações e aproveitar ao máximo as tendências em dados e inteligência para marketing, é essencial contar com parceiros experientes. Na DP6, estamos prontos para ajudar sua empresa a implementar essas soluções de forma estratégica e personalizada, garantindo resultados reais e mensuráveis. Entre em contato conosco e descubra como podemos transformar suas estratégias de marketing e dados em 2025.

Que 2025 seja um ano de boas análises e um marketing ainda mais eficiente para todos nós!